Aos 15 anos Annie John viu o seu reflexo no vidro de uma loja e a imagem que teve de si foi de alguma forma revolucionária. “A minha pele era negra de um modo em que ainda não tinha reparado, como se alguém tivesse atirado muita fuligem de uma janela precisamente quando eu ia a passar, e esta se tivesse derramado em cima de mim. Na testa e nas faces, tinha borbulhas, com pontas brancas, muito redondinhas. Por baixo do chapéu, as tranças espetavam-se em todas as direcções; o meu pescoço comprido e magro ressaltava da blusa do uniforme. No cômputo geral parecia envelhecida e infeliz”.
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