A comemorar 125 anos de história, a Fiat faz a festa com um Grande Panda, uma versão esticada do icónico Panda, que se deverá manter na gama. A razão do nome é óbvia: com 3,99 metros, cinco portas e igual número de lugares, apresenta-se com mais 35 centímetros do que o Panda, permitindo-lhe piscar o olho às famílias, algo que o Panda não era capaz. E, para ter a certeza de que pode constituir uma resposta a todas as necessidades, haverá motores a gasolina, híbrido suave e 100% eléctricos.
Visualmente, o Grande Panda foi concebido para dar nas vistas, a começar pela cor de apresentação: amarelo brilhante. Os faróis do carro são em LED e integram uma faixa quadriculada que percorre toda a largura do Grande Panda. A par da assinatura luminosa, as luzes de circulação diurna transformam-se em indicadores e iluminam alguns dos cubos que surgem como píxeis horizontais, dispostos num padrão de tabuleiro de xadrez.
A silhueta do carro combina linhas angulares com superfícies suaves, o que torna as robustas cavas das rodas ainda mais evidentes. Já a referência ao Panda surge bem visível, com as letras do seu nome impressas tridimensionalmente em baixo-relevo nas portas.
Assente na plataforma multienergias Smart Car, o Grande Panda será um produto global e, segundo o CEO da Fiat, Olivier François, citado em comunicado, o seu lançamento serve para “começar a escrever as primeiras páginas do futuro”, destacando o facto de marcar a “transição [da marca] para plataformas globais” e sublinhado o ter sido concebido para se adaptar “às famílias e à mobilidade urbana em todos os países”.
Apesar de ter sido idealizado para responder às necessidades globais, a marca destaca que o novo modelo foi concebido em Itália, no Centro Stile de Turim, pelo que mantém o foco na preservação da identidade do centenário emblema.
Ao contrário do Fiat Panda, um assumido citadino, o Grande Panda é um segmento B, dos utilitários, ainda que reclame o facto de ser mais compacto do que a maioria, sem que, garantem, isso se sinta no espaço interior, capaz de acomodar cinco pessoas.
Apesar de ainda não terem sido revelados detalhes técnicos, sabendo que o Grande Panda partilha arquitectura e componentes com o Citroën C3, é de esperar que se apresente com mecânicas similares, entre as quais uma variante a gasolina, que assenta num motor a gasolina de 1,2 litros, a debitar 100cv; outra com a mesma configuração, mas a contar com apoio eléctrico de 48V; e uma eléctrica. Caso a opção seja replicar o que o ë-C3 oferece, teremos um motor de 83 kW (113cv) alimentado por uma bateria de 44 kWh, o que lhe permitirá reclamar uma autonomia superior a 300 quilómetros.
Os preços ainda não foram informados, mas a marca Panda é conhecida, desde o seu primeiro lançamento, em 1980, por se apresentar com valores alinhados com os mais baixos do mercado. Resta saber se o Grande Panda, também neste ponto, honrará a herança do citadino em que se inspira.