Durante dois dias, os jardins do Palácio Baldaya, em Benfica, vão ser “tomados” por melómanos, coleccionadores e vendedores de discos e materiais a eles ligados, naquela que se anuncia como a “primeira feira nacional de vinil em Benfica”. Mas não terá só vinil. Segundo os promotores, ali será comercializada música noutros suportes além do vinil, como discos de grafonola, cassetes, cartuchos, CD, DVD de música e ainda pratos de gira-discos, colunas de som ou amplificadores.
O curador desta iniciativa, Alexandre Barbosa, proprietário da loja de discos Sound Club Store, no Espaço Chiado (Lisboa), já tinha feito feiras de vinil no Clube Ferroviário e no Park, um bar na Calçado do Combro, mas esta é a primeira de grande dimensão, como explica ao PÚBLICO: “Eu tenho feito, a pedido da Junta de Freguesia de Benfica, cujo presidente gosta muito de música, coisas no âmbito do Benfica ComVida e foi assim que surgiu, este ano, a ideia da feira de vinil.”
Na feira, participam lojas da Grande Lisboa ligadas à venda de discos: Raging Planet, Carbono Amadora, Cd Rarities, Vinil Rarities, Discos Ó Fialho, Equilibrium, Glam-o-rama, Groovie Records, Tabatô, Peekaboo, Sound Club Store, Discolecção, Neat Records, Chasing Rabbits, Roll Discos, Retrovisor, A Record a Day, Sofuno ou Recordmania. Do Porto, estará presente a Amaei (Associação dos músicos e editoras independentes) e das Caldas da Rainha virá a Audiomanias. E à lista de participantes juntaram-se, entretanto, Nuno Saraiva (da editora Mais 5) e Abel Rosa, coleccionador e autor de vários livros sobre os Beatles e os Rolling Stones em Portugal.
“Cada um terá um espaço próprio dentro do jardim do Palácio Baldaya”, diz Alexandre Barbosa, que também fará de DJ durante a feira, ele e outros DJ a quem foi dada hora e meia de actuação para mostrarem as suas músicas preferidas, dos mais variados géneros: Alex Ferrer, Troll, Nuno F, Nuno Donnels, Djo-ex: Plateau, Paulo Costa (dos Ritual Tejo), Nuno Guerreiro, Orca Pansorbe e Bruno G.
A feira decorrerá este sábado e domingo, das 10h às 20h. “A entrada é gratuita”, diz Alexandre Barbosa, “e as lojas e expositores também não têm de pagar nada para participar”. Depois desta experiência, o objectivo é continuar. Alexandre Barbosa gostaria que se realizasse com periodicidade semestral. “Em Dezembro, tenho a ideia de fazer já a segunda edição, um pouco antes do Natal, para quem queira oferecer um disco de vinil ou um CD.”