O Ministério da Saúde garantiu este sábado que os mapas que indicam quais as urgências de ginecologia/obstetrícia e de pediatria abertos em Portugal continental estão a ser actualizados “pelo menos uma vez por dia” e que o SNS24/INEM é actualizado “ao minuto”. Os mapas podem ser consultados aqui.
Contactada pela agência Lusa, fonte do gabinete da ministra Ana Paula Martins admitiu que entre as actualizações possam existir “omissões”, mas garantiu que “os mapas são actualizados pelo menos uma vez por dia, enquanto o SNS24/INEM é actualizado ao minuto”.
Segundo a mesma fonte, em Portugal continental estão 90 serviços de urgência ginecologia/obstetrícia abertos. Fechados estão sete e com constrangimentos, nove.
Este sábado, Ana Paula Martins está a visitar serviços de urgência da região de Lisboa e Vale do Tejo, num périplo que teve início no Hospital S. Bernardo, em Setúbal. Lá, em declarações à SIC, a ministra da Saúde admitiu que o sistema de mapas possa conter “alguns erros”, mas procurou transmitir uma mensagem de tranquilidade.
“De facto, o sistema ainda não está a funcionar totalmente de forma adequada e tivemos erros ontem [sexta-feira]. Estão a ser feitos testes. Espero que na próxima semana os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde consigam ter esta informação, que é dinâmica, cada vez mais perfeita”, disse Ana Paula Martins.
Questionada sobre erros no mapa detectados na sexta-feira, a governante apontou que foram detectadas situações apenas na península de Setúbal. “Admito que possam existir outros, temos de estar sempre a avaliar enquanto não tivermos o sistema optimizado”, concluiu.
Além do Hospital de Setúbal, a agenda da ministra da Saúde inclui visitas à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, ao Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e ao Hospital Fernando da Fonseca, na Amadora.
“Estas são visitas de trabalho para conversar com as equipas, estar no terreno e dar tranquilidade às pessoas. Está previsto fazer este tipo de visitas mais vezes e estar no terreno o mais possível”, disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde.
Além da questão dos mapas das urgências, Ana Paula Martins está a avaliar este sábado o funcionamento da linha SNS Grávida criada ao abrigo do plano de emergência para a saúde apresentado a 29 de Maio. Até ao momento registaram-se 3854 chamadas, o que equivale a uma média de 275 por dia.
Nesse plano, e num eixo chamado “bebés e mães em segurança”, a tutela avançava com a criação de um canal de atendimento directo para a grávida na linha SNS 24 (SNS Grávida), a atribuição de incentivos financeiros para aumentar a capacidade de realização de partos e o reforço de convenções com os sectores social e privado.
Foi também anunciado nessa data que o Governo pretende criar um regime de atendimento referenciado de ginecologia de urgência, a actualização dos rácios de pessoal e da composição das equipas nos locais de parto em função de critérios técnico-científicos, assim como a revisão da tabela de preços convencionados para ecografias pré-natais.
Num prazo mais longo — medidas estruturantes – o executivo aponta para a separação das especialidades de ginecologia e de obstetrícia, para o reforço do acompanhamento da grávida por especialistas em enfermagem de saúde materna e para o estabelecimento de novas estruturas de organização para blocos de parto.